segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O SEPERFICIAL E O PROFUNDO

                            Todos queremos sossego na vida e sucesso nos negocios.  Queremos nos sentir bem, estar em paz, situação financeira em ordem, sem conflitos em casa nem confusão no trabalho.
                                                Queremos viver, contudo a vida, de uma grande maioria se
restringe a sobreviver. Sobreviver a tantas dificuldades sejam elas materiais, fisicas ou então de ordem emocional, afetivas, do mundo subjetivo.

                                  Sem duvida que há problemas. Problemas de toda ordem, em todos
os aspectos da vida, que fazem perder o sono e muitas vezes o apetite.
Então surge a pergunta  :  porque os problemas geram tanta confusão, tanto sofrimento,
doenças, desesperança e tudo o mais ?

                      Dizem que o sofrimento é inerente à vida, faz parte, como se fosse defeito de fabrica. Onde há uma coisa, haverá a outra tambem.
Isso, no minimo, é intrigante e leva a grandes questionamentos, sejam eles filosoficos ou
então religiosos. Pelo visto, estamos longe de um consenso.

                  Ghi Belique diz  :  na duvida, olhe para a natureza. Vamos seguir seu conselho e ver no que vai dar.
Tomemos o exemplo da agua. Teremos problemas se a buscarmos em terra rasa, na superficie. A agua é um ser que habita as profundezas e é de lá que  emerge para a superficie, gerando a vida. Não há vida em cima sem agua abaixo.
A solidez da superficie é determinada pela força do profundo.
Não iremos colocar as bases da construção a não ser na solidez e no firme  do profundo.
                          De igual modo, a arvore necessita de raizes profundas, longas para dar solidez  à sua estrutura E quanto mais fundas as raizes, mais altos seus galhos.
Esse ancoramento no profundo, determina a vida da superficie. Assim, a beleza do que se vê, é determinada pela escuridão do que não se vê.
Quem tem medo do produndo, terá uma superficie sem vida.  A tristeza da terra rachada, das plantações perdidas, da morte, do desespero, da agonia .
   É nos abismos mais profundos da nossa alma, que iremos encontrar os nossos maiores mananciais. A luz maior é sempre encontrada na mais profunda escuridão.

                     Existe a lei que diz que o micro e o macro funcionam dentro da mesma lei. O pequeno e o grande são diferentes apenas no tamanho, mas obedecem a um mesmo padrão. O que acontece com a arvore, não é diferente do que acontece com a gente. Basta apenas ter olhos para ver, e assim compreender a grande maravilha da vida.
           A agua mais pura, não é das poças mais rasas, da superficie ( superficial, superfluo, descartavel, sem valor ). É por isso que as arvores vão em busca das aguas profundas, da agua viva que gera a vida.

                      A beleza externa que não estiver ancorada em algo profundo, que não for a expressão desse movimento interno, nãom se engane, isso não é beleza.
O ouro é valioso, não pelo seu brilho  mas pela sua natureza interna, pelo que a gente não vê. Outras coisas brilham como o ouro brilha, mas que não tem valor ( superficial,
superfluo, que passa logo ).
                                                   Ser como, não determina ser.

                           Puxa vida, fizemos todo esse volteio para testar a tese do nosso amigo
Ghi. Que tal, parece confiavel ? Tem fundamento ?

                   O externo em nós, a superficialidade é dada pela mente, pela falação incessante e maluca dentro da nossa cabeça. Consegue se dar conta desse barulho ensurdecedor que é o que inferniza a vida de todos ?

                       Pois é ! Esse é o movimento do que é raso em nós, daquilo que é superfluo, que não dará conta da nossa vida, no sentido de solucionarmos nossos impasses diarios, nossos problemas de sempre, tanto sofrimento.
Tentamos resolver as inquietações, os medos atraves do pensamento, atraves da agua das poças rasas.

                      Ir para dentro, aprofundar-se em si mesmo, buscar outros espaços, outras dimensões. Nosso verdadeiro manancial está abaixo do movimento da mente. É a atenção que nos conduzirá a ele. Voce ouve. Voce vê. Está atento. Não está pensando.
É desse modo que chegará às fronteiras do pré-sal da sua alma.

       Os tesouros estão lá.

      É o centro que faz girar a roda. A roda gira mas o centro permanece imovel.

            É a ausencia de pensamentos, dessa falação infernal dentro da cabeça, que nos levará para esse espaço, onde há silencio, um grande vazio. Esse vazio que acolhe a vida. Ou não será esse proprio vazio o que se chama de vida ?
mananciais

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