segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

QUANDO A CARA É A CARA DA PESSOA

                   Meu amigo espirituoso falando para um companheiro de balada,
explicando seu estilo pegador.  " Para ver se vale a pena, olho primeiro para o rosto,
porque é muito dificil que o rosto não seja a cara da cara ".

           O rosto é revelador. O olhar do bandido não será o mesmo  da pessoa decente.
Não há como simular ou como esconder.

              É verdade que não podemos ter conhecimento do que vai por dentro. Suas intenções, seus malabarismos mentais, suas reais motivações. Esse conteudo é inacessivel à primeira vista, quando se olha apenas de relance, apressadamente.

              Entretanto, não há segredos que possam ser guardados e que resistam a um
olhar mais apurado e mais atento.

        Se no macro a coisa parece indecifravel e de leitura confusa, o micro é regido pelas  mesmas leis, pelo mesmo movimento.
O de cima e o de baixo são a expressão da mesma realidade apenas de dimensões
diferentes. O grande em cima e o pequeno em baixo, mas de natureza analoga.
O todo no grande assim como no pequeno.  A expressão do holograma.

               Desse modo, não há como esconder-se dos segredos e dos conteudos
tão sigilosamente guardados em tantos cofrinhos mentais.
O de fora sempre denuncia o de dentro. Sempre haverá o momento do flagrante
delito..
                      E a estrutura interna sempre se organiza a partir da energia psiquica,
cuja polaridade é constituida pelo mundo conceitual do pensamento e do mundo
interno da consciencia. Dos condicionamentos que nos identificam, e do silencio
da percepção calma.
                                          É essa polaridade que irá constituir o espectro, os limites
dentro do qual a realidade irá se organizar.
Familia, trabalho, saude, dinheiro - tudo irá tomar forma dependendo da localização dentro desse espectro.
                                           Poderá estar mais à esquerda ( pensar ), ou mais à
direita ( sentir, perceber ). Sequestrado pela banda da esquerda, estará sob o efeito
de conceitos mentais condicionantes, crenças que estruturam e imobilizam,
engessando a consciencia, impossibilitando o crescimento e a expressão de toda
a potencialidade disponivel.
                                               E o que não se move, degenera, fossiliza, engorda,
enfeia e produz odor desagradavel. E essa desgracez toda se agrava à medida que
se aproxima cada vez mais do polo sinistro ( da esquerda ).

                    No centro do espectro existe e equilibrio. Precisamos do pensamento para organizar nossa vida, para dar conta das nossas contas. Todavia, a função do
pensamento pára aí.
                                     Usar o pensamento para apreciar, para perceber, para sentir,
é conferir-lhe uma função que não lhe pertence. E pior, isso nos distancia cada vez
mais da polaridade oposta.
                                               O pensamento capta a forma, o visivel externamente.
Não será capaz de captar a essencia,  fazer a conexão entre o visivel e o essencial.
Percebe as linhas, as cores, o textual, mas não o sagrado que a forma manifesta.
E quando percebe esse sagrado na forma, manifesto na beleza de tudo que há,
irá se dar conta, aos poucos, que é tambem constituido da mesma  coisa, da mesma
essencia.
                              O que determina o visivel, não é visivel, e não pode ser captado
pelo pensamento. E se isso não for percebido ao olhar, não terá visto nada. Terá olhado
apenas  para a caixa , mas não para o presente nela contido

                               Por sua vez, se a pessoa estiver perdida na faixa da direita,
centrada apenas no mundo interior da consciencia, terá problema da mesma forma
de quem estiver perdido no mundo dos conceito condicionantes e das crenças paralizantes. Temos compromisso com o mundo das coisas.

                 Então, nem só Deus, nem só o demonio. No nosso altar tem de figurar
a imagem tanto de um, quanto do outro. Sagrado e profano não opostos irreconciliaveis. Rezando para ambos, teremos a benção dos dois ( calma, gente,
não tenho culpa da vida ser regida, em todos os contextos, sempre, pela lei da
polaridade !....) .
                                 O santo não é santo por não ter pecados. Ele apenas esconde,
reprime, resiste a um limite deshumano. E faz isso porque tem medo. Medo de
olhar para os seus pecados, para os seus monstrinhos internos e reconhecê-los como
sendo seus, fazendo parte da sua natureza.  Encontrar o capetinha sentado no seu altar
ao lado de todas as suas divindades. Passa a vida exorcisando o que é impossivel de
exorcisar. Assim como na medicina, quando se tenta destruir as bacterias, vistas
como a causa original de quase todas as doenças. Quando a lei da polaridade não é
contemplada, criam-se monstros onde não exsite nada.

              A massa da qual somos feitos, não é constituida apenas de luz. E voce saberá
disso na sua trsiteza, no terror de quando  encontrar o aviso de "rua sem saida", no
desengano na doença e no desengano no amor.
A porção de luz da qual somos constituidos somente irá brilhar se conseguirmos nos
libetrtar do movimento à esquerda ( sinistro ) do espectro da consciencia.
É sse o lado obscuro da luz. O nosso lado macabro que condiciona a realidade, o
gerador de um mundo de sofrimento e de medo.

                   Entretanto, onde há luz, sempre haverá sombra. Não são excludentes
mas complementares. Se completam, se complementam.

                        O pensamento é importante, do mesmo modo, o mundo interior
da percepção calma , atenta e assertiva.
            E na presença dessa percepção, o pensamento se qualifica, dando-lhe um
poder que de outra forma não conseguiria alcançar.

                     E se olhar, até sem muita atenção, terá a noção da tribo que está à
esquerda, em contraste com os que estão à direita, e os centrados no meio.

            Ghi Belique falou que é muito dificil que o rosto não seja a cara da cara....

               
                 

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