terça-feira, 29 de novembro de 2011

A ALEGRIA , SEMPRE A ALEGRIA

                  A alegria é o que realmente importa. Porque tudo o que é feiro com alegria se torna uma prece. O trabalho se torna sagrado, a palavra se contamina com  a graça e a  elegancia da  sua energia.

                        Com alegria tudo se encaixa, tudo se encaixa harmoniosamente pois é da natureza da alegria esse movimento suave, sem solavancos nem conflitos.

           Quando gosta do que está fazendo, nada irá distrai-lo. Se for distraido, isso demonstra que as coisas desse momento não tem interesse. O interesse está em outro lugar, em outras coisas.
                                                   A atenção produz bem estar, porque aquilo se torna atraente. Mas somos distraidos por tanta coisa !  Preocupações com  dinheiro, com prestigio, com a agenda, com tantas coisas para fazer. Afinal, prestar atenção ao canto do tico-tico, observar a borboleta não lhe dará dinheiro, não o ajudará a pagar suas contas, não dará prestigio, poder, importancia.
                                                                                       Não são coisas lucrativas, por isso não tem importancia, mas te deixam alegre.
                                                                                   Tem que ter coragem para se voltar para as coisas que dão alegria , essa sensação interna de estar vivo, de fazer parte.

                  O prestigio, o poder, o dinheiro nos fazem esquecer de tudo, dos verdadeiros valores da vida, do que importa realmente, pelo que valha a pena viver. Escolhemos as coisas do mundo e assim  perdemos as coisas de dentro. Terá um nome importante, será bem visto, respeitado, terá influencia, poder, mas não será feliz, apesar de ter o mundo a seus pés.
                          O que irá fazer com tanta coisa, com tanto credito, assim tão consagrado ? E apesar de tudo isso, de aparentar ser uma pessoa vitoriosa, bem sucedida, porque está tão cauteloso, ansioso e medroso ?
                  A conquista de tanta coisa, não produziu uma mudança na sua qualidade interior. `Não se tornou uma pessoa melhor por ter-se tornado o melhor. Não está em estado de celebração. Não se tornou musical. Não há alegria, estado de graça.

                       Não teve tempo para ouvir os grilos cantando sob as estrelas. Os grilos tanto cantaram, as estrelas tanto brilharam, mas esteve tão preocupado com a conta bancaria, com a agenda, com tantas coisas.
                                                                           Depois os grilos silenciaram, as estrelas tambem se foram, e a pessoa fica confusa não compreendendo porque está tão infeliz, tão sem graça, sem vida.
   Talvez irá ao templo entoando mantras, pedindo ajuda. Já percebeu que as pessoas se tornam religiosas quando se sentem perdidas, desnorteadas ? Mas sua reza é falsa e sem sentido porque sua motivação basica não terá ido embora. O dinheiro não sairá da cabeça, a necessidade de prestigio continua ainda a pressionar.
                                                                                                         A ida ao templo não irá modificar a pessoa. Está aí porque tem medo, está confuso, sem rumo.
             Ou talvez irá ao terapeuta para contar sua vida miseravel. Pagam caro para alguem ouvir suas desgraças e ficam felizes por isso. Alguem os ouviu. Isso tampouco produzirá qualquer mudança interna, não trará paz, capacidade de desfrutar.

                               Se não puder ter alegria no seu trabalho, não há o que esperar, pule fora. A alegria tem de vir em primeiro lugar, uma atitude compromissada com esse momento, um olhar positivo para o que está aí, um envolvimento definitivo , sem espectativas com objetivos futuros.
                                                                        A pessoa aceitou motivações que nada tem a ver com sua natureza. Acreditou no prestigio, no poder, em posses. Acreditou nisso e perdeu o ponto.
                                  Deus veio visitá-lo mas voce está fora. Deus lhe trouxe presentes
mas está correndo atrás de coisas para ser feliz, e com certeza não tem tempo para fazer sala.
                         Nos deixamos distrair pelas coisas do mundo, mas o mundo não nos pode dar o que procuramos nele. Ele pode nos dar coisas, mas essas coisas não podem nos dar o que prometem.
                                               Deus só pode nos encontrar no nosso contentamento, na satisfação pelas coisas que esse momento nos traz.
A felicidade não poderá ser alcançada atraves de conquistas, de objetivos futuros. Conseguirá se tornar festivo internamente depois de ter alcançado o sucesso ou ter se tornado uma pessoa importante ?
                                                             As coisa vem quando a alegria vem primeiro, uma sensação de bem estar interno vem primeiro, uma atitude positiva vem primeiro.

                E é por isso que a alegria  se torna tão dificil, pois a pessoa tem de romper com suas motivações, com aquilo que acreditou ser necessario para ser feliz. Romper com velhas crenças que nos dizem como ser feliz. Sequestrado por velhos padrões que
não permitem uma visão para além deles, e achando que não há nada alem deles.
        
                   As vozes do passado, da familia, dos sacerdotes, da sociedade e de todos quantos ouvir de como viver para ser feliz.
 As vozes nos distrairam. Suas mensagem. Suas "verdades". Acreditamos em tanta coisa, seguimos os mandamentos, fomos obedientes, bom alunos, mas nos tornamos infelizes. E por isso nos sentimos enganados, o mapa que nos mostraram não nos conduziu por bons caminhos.
                   
               Temos que desfazer o transe hipnotico, a "verdade"  dos outros, de todos, e descobrir por nós mesmos, cada um por si, um outro mundo, um outro caminho, uma outra verdade.
                               
                    E quando finalmente olharmos para dentro, brotará uma estrondosa e estripitante gargalhada que se fará ouvir por todo o universo, igual um grito de libertação. E então nos lembraremos outra vez de quem somos, nos lembraremos do que esquecemos.
                           Por termo-nos esquecido de quem somos, tentamos conquistar o mundo na tentativa de aplacar a dor desse esquecimento. Mas não há conquista externa que possa compensar esse engano.

                                                               

                        

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