Eu não tive tempo,
lamenta-se o ancião de voz comovida e olhar pungente.
O tempo que tive ? Que tempo ?
Não houve apenas correrias, infindaveis idas e vindas,
rotinas e compromissos ?
Que tempo ?
O tempo de dar conta foi todo tempo que apenas tive.
A premencia do momento, de cada momento,
exigencias, tantas, e quanto cansaço !
Onde foi o tempo de ontem que ainda continua presente
querendo ainda viver ?
O tempo de promessas e de sonhos.
Um tempo em que enfim teria tempo. Não era esse o consolo ?
Seria apenas uma miragem esse tempo que olha
para um outro tempo com o sentimento de não ter passado ?
ou nem ter existido ?
O que passou, foi o tempo que esperei,
ou a vida que não vivi ?
O viver que deixei para um outro tempo, quando enfim
tivesse tempo, para onde foi ?
Estou confuso : é esse momento apenas o reflexo
do tempo que passou e pelo qual estive sempre à espera ?
Onde foi afinal o tempo que parecia não fosse passar ? Um tempo
que iria me esperar ?
Não havia por acaso um pacto ? Depois do tempo
dos encargos, das obrigações e das rotinas, um tempo enfim
para ter tempo ? Não havia sido esse o trato ?
Para quem não teve tempo para ouvir a chuva ,
a chuva batendo no telhado de zinco,
não terá perdido tambem o lapis e o papel
para escrever uma canção,
ou aquele poema que um dia sonhou escrever
quando enfim tivesse tempo ?
lamenta-se o ancião de voz comovida e olhar pungente.
O tempo que tive ? Que tempo ?
Não houve apenas correrias, infindaveis idas e vindas,
rotinas e compromissos ?
Que tempo ?
O tempo de dar conta foi todo tempo que apenas tive.
A premencia do momento, de cada momento,
exigencias, tantas, e quanto cansaço !
Onde foi o tempo de ontem que ainda continua presente
querendo ainda viver ?
O tempo de promessas e de sonhos.
Um tempo em que enfim teria tempo. Não era esse o consolo ?
Seria apenas uma miragem esse tempo que olha
para um outro tempo com o sentimento de não ter passado ?
ou nem ter existido ?
O que passou, foi o tempo que esperei,
ou a vida que não vivi ?
O viver que deixei para um outro tempo, quando enfim
tivesse tempo, para onde foi ?
Estou confuso : é esse momento apenas o reflexo
do tempo que passou e pelo qual estive sempre à espera ?
Onde foi afinal o tempo que parecia não fosse passar ? Um tempo
que iria me esperar ?
Não havia por acaso um pacto ? Depois do tempo
dos encargos, das obrigações e das rotinas, um tempo enfim
para ter tempo ? Não havia sido esse o trato ?
Para quem não teve tempo para ouvir a chuva ,
a chuva batendo no telhado de zinco,
não terá perdido tambem o lapis e o papel
para escrever uma canção,
ou aquele poema que um dia sonhou escrever
quando enfim tivesse tempo ?
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