sábado, 20 de abril de 2013

AS CONSEQUENCIAS DA CRITICA, JULGAMENTO E QUEIXUME NA NOSSA ENERGIA


       Nós queremos mudar. Todos queremos. E se todos buscam o mesmo objetivo, o significado disso é que a imensa maioria não está
conseguindo.

Sem duvida, mudar não é coisa que muitos consigam 
realizar. Produzir mudanças significativas, mudanças necessarias, seja na forma de ser, de comportar-se, de perceber o mundo, para viver melhor. 
Viver melhor, uma vida de qualidade, com mais conforto, saude, empenhado num trabalho que traga, não apenas o dinheiro do qual todos necessitamos, mas prazer, um trabalho que tenha coração, 
curtindo cada momento, e desfrutando cada ação, por pequena
que seja, pois considera cada pedaçinho do seu tempo um tempo magico de transformação.

Viver melhor como consequencia de ter-se libertado dos limites 
apertados de uma percepção confusa, acorrentado a tantos medos,
crenças invalidantes e fantasias que negam a realidade. A vida acinzentada é produto das circunstancias externas ou rompantes
emocionais, onde não há dominio pessoal para dirigir seus
atos, vontade propria ou auto-controle para firmar-se. Por isso a repetição  incessante e infeliz das pessoas normais, de tudo sempre igual, a mesmice hipnotizante de uma vida sem vida, inexpressiva, trivial, feita de monotonia.
Rotina é isso. Fila, bando, simplesmente seguir, batendo continencia, em posição de sentido ( sem sentido algum ), sem consciencia; uma vida inconsequente.

Sem esse movimento, fica a pessoa aprisionada na sua velha,
tediosa e geralmente caotica realidade vulgar.
 No entanto, a verdade é que não estamos condenados a viver
 assim para sempre, obedecendo a esse velho padrão limitante, a esse roteiro ordinario. Podemos mudar,
podemos nos reinvertar dentro de uma realidade inimaginavel.
 Há tantas mais janelas abertas por onde olhar a vida, a vastidão do universo, porque então ficar restrito a uma abertura tão estreita e perspectivas limitadas, onde a paisagem tornou-se cansativa
 e sem graça ?

 Podemos criar novas formas de conduzir nossa vida, seguir rotas até então ignoradas, resgatando possibilidades desconhecidas,
num mundo totalmente novo.
Podemos determinar nosso destino, dirigir nossos passos de dentro
de nós mesmos, ao inves de sermos manipulados por forças
externas, por fatores que não estão ao nosso alcance de serem
controlados.  Assumir-se é isso. Tomar as redeas e fazer da
vida conforme suas proprias escolhas. A estrategia de determinar-se por si proprio, criando, dessa maneira, uma ponte que
encaminhe a pessoa do lado de cá da realidade para uma outra margem, longe da vida ordinaria, sem sentido, nem significado, que  aprendemos a viver.

OK ! OK !  Tudo parece muito bonitinho, a retorica parece
 perfeita, mas eis que surge o tema critico, o ponto
essencial da coisa : COMO SE FAZ ?

Queremos, todos, mudar. Precisamos mudar. A mudança é 
urgente e imprescindivel, pois sem ela continua a vida nesse
pandemonio, esse mormaço sufocante, que já alcançou há muito o limite do suportavel.
Muito bem, a concordancia é unanime, mas quais são os pauzinhos que tem de serem movidos para que a coisa aconteça ? 

O grande segredo, ou a grande verdade, é que necessitamos de energia para a realização de qualquer evento. Sem dispor da quantidade de energia necessaria, nada pode ser executado, desde
as coisas mais simples, como caminhar, levantar todas as
manhãs, ou situações mais delicadas como superar velhos habitos
ou, livrar-se de rotinas desgastantes.

Todos possuimos energia, mas a energia disponivel já se encontra toda ela aplicada naquilo que a pessoa faz dentro da sua rotina
do seu dia a dia. Ela está distribuida no que é habitual do cotidiano de cada um.

Empreender coisas que não façam parte do que se faz sempre,
haverá necessidade de uma energia extra que, em condições
normais, não se encontra disponivel.
Fica assim facil compreender a quase impossibilidade, para a pessoa
normal, não engajada nesse contexto de superação, realizar qualquer mudança que seja. Falta energia. Eis o ponto.

Sabe-se que cada ação executada, pode aumentar ou diminuir nosso
nivel de energia. Veja a pessoa que sente-se frustrada por qualquer situação externa, algo que não tenha gostado. 
 Reagirá com veemencia, sentir-se-á aborrecido, ficará abalado por não ter sido tratado da forma como achava que deveria ter sido. 
 Em consequencia disso, haverá perda de energia. Após a zanga, irá sentir-se fraco, poderá até adoecer, e tudo que fizer dai por diante, terá grande chance de virar confusão. O tanque de combustivel
esvaziou.

O gasto inutil de energia, atraves das emoções discordantes, não
será de forma alguma favoravel para o bom andamento da
carruagem. Qualquer perda de energia repercutirá no todo da
pessoa, seja na saude, no trabalho, relacionamentos. E cadê a
energia para realizar as grandes mudanças, necessarias, no
sentido de viver melhor, paz, contentamento, plenitude, alem da superação de limites e tudo o mais que mantem-nos confinados
a uma vida de sacrificios e sofrimento sem fim ?


Existe uma tecnica simples - mas não de todo tão simples
 para a sua execução - que consiste em passar a proxima
 semana sem
CRITICAR, CONDENAR,  ou se QUEIXAR.

Essas tres palavrinhas condensam, com extrema precisão, o
mecanismo atraves do qual abrimos a torneira da energia, 
( já escassa ), deixando que se perca pelo ralo das emoções.

Pensamentos desgastantes dão origem às emoções que esvaziam
nosso estoque de energia. A contrariedade, a raiva, o ciume, ou
qualquer outra, sempre tem origem no pensamento. Pensamos, e
dependendo do seu conteudo, nos sentiremos bem ou mal, isto é,
ganhamos ou perdemos energia.

A tecnica, quando adequadamente praticada, com dedicação e
comprometimento, traz resultados surpreendentes. 
Estar alerta. Observar-se. Perceber o que está sentindo. 
Dar-se conta do dialogo-monologo dentro da cabeça. Prestar
atenção quando surge o pensamento da critica, da vontade de
condenar, ou da mania enfadonha de queixar-se de tudo
 e todos a todo
momento. São todas situações onde há perda de energia.

Perceber a critica na cabeça, em forma de pensamento, pois ela é
incrivelmente mais frequente e ferina, que a verbalizada, colocada
para fora, em forma de discurso inflamado. No entanto, não importa o estado em que é formulada, seja mental ou vias de fato. Ambos são drenadores de energia. O estrago é o mesmo.

Se nos tornarmos suficientemente atentos, constataremos ser
a critica a atitude comportamental mais usual de qualquer
pessoa. Falar mal do outro na cabeça, descobrir falhas, deformidades, imperfeições, emitindo juizos de valor, antes de
constituir-se em fator de perda de energia, transforma-se tambem em satisfação velada, pois, na comparação, sintimo-nos
sempre melhores,
mais bem qualificados.  

Não há mudança possivel na vida de qualquer pessoa sem um
ganho de energia extra, daquela usada todo o dia em forma de
rotina. E o segredo encontra-se na equação pensar-sentir.
Policie-se essa semana ( somente essa semana ! ) no sentido de
de dar-se conta dessa voz cri-cri na cabeça com com seus
rompantes de critica, queixume e julgamento. Esteja atento
para esse juiz severo que julga e condena sem tregua em tudo onde põe o olhar. E, por fim, faça um inventario, terminada a semana, da sua economia ou ganho de energia.
Terá valido a pena, ou tudo isso não passa de uma balela inutil,
 sem sentido, de alguem que não tem assunto,
  querendo simplesmente aparecer ?

Capisce ?




   


Um comentário:

  1. E ai doutor, evitar criticar, condenar e queixar-se é o primeiro passo para mudanças e depois o que fazer?

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