quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

TEMPO DE PERDOAR


O tempo das festividades,
não seria esse um tempo para estar mais proximo,
de aproximar,
superar diferenças,
esquecer o que distancia,
separa e isola ?

Um tempo de deixar para lá indiferenças,
contrariedades,
impasses,
laços estremecidos,
o temor da entrega,
e a dificuldade de perdoar ?

Não seria esse um tempo de erguer as taças,
brindar, bater palmas, emocionar-se,
um tempo de abraçar, chorar,
um tempo de agradecer ?

É por isso que há um tempo para tudo.
Tempo de separar,
para voltar a unir.
Tempo de odiar,
para  aprender a perdoar.

É sempre mais longa a estação
daquilo que distancia,
deixando-nos solitarios,
na defensiva, temerosos,
desconectados da vida.

Talvez seja para isso
a serventia  das luzes, os fogos,
a cantoria, a bebedeira.

Afinal, descontrair-se, tem sua dificuldade.

Seja, talvez, para esquecer,
ou para lembrar,
 que aquilo que distancia,
é sempre mais fragil,
que a força que aproxima,
produzindo o perdão.

O tempo de esquecer,
é sempre um tempo de perdoar.


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