terça-feira, 6 de agosto de 2013

NADA É PERMANENTE NEM DEFINITIVO



 A dor não doi tanto quanto tememos, nem, tampouco, a
felicidade é a quimera que supomos.

Para que haja luz, não pode o polo negativo ser excluido da sua
polaridade oposta.
Os contrarios nunca se excluem, sempre se complementam.

Que seria da felicidade num mundo sem tristeza ? 
O oposto da felicidade não é o sofrimento, mas a sensação de
tedio e a total falta de sentido da vida.

Na ausencia da feiura, como reconhecer a beleza ?
As polaridades existem e são consistentes, pois a realidade do
mundo é dessa forma que se estrutura.

À escuridão da noite, segue-se a luz de um novo alvorecer.
Depois do abalo, a calmaria retorna mais uma vez.

Nada é permanente, tampouco definitivo.
O apego traz infortunio, porque opõe-se à logica da vida.

Para cada dor, desgosto, desencanto,
o tempo de jubilo, paz e contentamento.
Nasce assim a compreensão que tudo passa
 e novamente se recria.

A semente morre na escuridão da terra.
De que outra forma o carvalho encontraria a luz ?
Toda perda, traz sempre consigo sua contra-parte de ganho.

O adeus ao utero aconchegante, lamentado aos gritos de
desconsolo e dor, mal sabemos o misterio no qual nos movemos.

Falamos em linha de vida. No entanto, a linha não é nivelada, 
linear, horizontal. É uma linha que movimenta-se
 em curva, para cima e para baixo como o movimento
da cobra.

Alcançaremos a paz quando por fim compreendermos que a
guerra tambem não é duradoura. Tudo passa, renovando-se
continuamente. 
Quem se apaixona pela felicidade, não será capaz de
compreender os dias da desolação.

A cada subida corresponde uma descida. É dessa forma que
 constroi-se a linha-curva da vida. Não fosse assim, a linha
desandaria, linha isoeletrica, e, não seria isso
 que chamamos de morte ?


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