terça-feira, 29 de outubro de 2013

QUANDO A CURA TRAZ MAIS DOENÇA


 No  processo de cura, principalmente nas
 enfermidades cronicas, há muitos elementos implicados.
 A cura não é um processo linear, pois há o envolvimento de campos de energia, aspectos psiquicos, enfoques emocionais,
assim como fisicos.
Não é simplesmente uma batalha entre a força do medicamento
contra a resistencia do microrganismo invasor.

Há um tempo de espera, de amadurecimento para que ocorra uma
mudança na psique do paciente. Até que essa mudança interna não
tenha se encaminhado, a verdadeira cura não se realiza.

Adoecemos, inicialmente, no mundo das emoções, a nivel animico, para, somente depois, esse desequilibrio manifestar-se no mundo da celula. O ferimento da alma, quando não elaborado, precipita-se
na essencia fisica. Curar o orgão, sem recompor-se internamente, é
desconhecer o principio de causa-efeito que rege o mundo da
manifestação.

Quando enfermos, queremos, no menor tempo possivel, vermo-nos livres dos embaraços e dificuldades pertinentes. É esse o desejo. Existem, contudo, aspectos que não são apenas organicos, como contagem de virus, curvas alteradas ou coisas do tipo. Existe muito mais envolvido, sendo o fisiologico, a questão talvez menos relevante.

A doença é igual mensageiro que busca encaminhar-nos para
 outros niveis de vivencia, que, de outra forma, quem sabe, não lograssemos nunca alcançar. O inimigo não é aquele que se encontra na alça de mira, pois a doença traz sempre consigo uma visão mais profunda da vida, uma compreensão do verdadeiro
significado de todos os elementos implicados, cujo unico proposito é o de proporcionar as mudanças necessarias.

A bem da verdade, a doença não quer destruir-nos, mas destruir em nós o que já tornou-se obseleto, sem utilidade, carga inutil, para
que o passo se torne mais leve, agil e seguro.

Sob este aspecto, torna-se a doença uma verdadeira benção.
Pelo fato de ver a doença apenas sob a perspectiva de um
desequilibrio fisico, a medicina quimica atua no sentido de combater e aniquilar o mal projetado nesse nivel. Omitiu a causa.
Dessa forma, o paciente torna-se cada vez mais doente à medida
que se "cura". Não ter doença, parece paradoxal, porem, não
significa, necessariamente, ser saudavel.

Paz interior, contentamento, confiança na vida, sabedoria para julgar que tudo está no devido lugar a cada momento, que não há mal a ser combatido, nem, tampouco, sermos vitimas indefesas - são atributos dessa ordem que contemplam a verdadeira vitalidade.
Do bem estar interno surge um fisico em perfeito funcionamento. 

Talvez não tenhamos a compreensão, no momento, de toda a confusão criada, mas tudo que acontece, tem sempre a função de trazer evolução e crescimento. Teremos acesso a isso, mais tarde, apos a coisa ter-se encaminhado.

São esses os caminhos que a vida traça para curar o homem
interior. A doença tem por objetivo curar o verdadeiramente
digno de ser curado, desde que o processo não seja aniquilado
pela quimica.

Se a doença não produzir consciencia, de nada terá valido a pena.
E uma novo movimento patologico terá então inicio para realizar
 os seus designios.
A evolução é o foco. Seja pelo entendimento ou no arrasto, mas o
objetivo não sai de foco.

Quando houver mudança de ponto de vista, mudança de enfoque
acerca do que aflige, terá inicio, nesse ponto, um movimento
interno diferente, e a doença começará a ceder.
Quando não lutarmos mais, a luta termina. É igual cabo de guerra.
Forçando de um lado, algo fará força na outra extremidade.

Quando não mais resiste, somente então o virus perderá força, e a
nova consciencia, derivada dessa compreensão, irá aniquilá-lo.
O virus terá cumprido sua missão e sairá de cena. Fez o que
tinha de fazer. Foi um bom mestre.

O corpo nos carrega nas costas, para que possamos nos resolver
internamente, alcançar lucidez, dominio sobre os misterios da
vida. A carne sofre, se dilacera, podendo ser levada aos ultimos
limites da resistencia, e sucumbir. 

O despertar tem suas dificuldades, mesmo assim, apesar de tudo, nem sempre se torna possivel. 



   







Nenhum comentário:

Postar um comentário